A hora de estimular a autonomia
A hora de estimular a autonomia. A discussão sobre a importância de desenvolver a autonomia dos alunos não é nova. Ao contrário do que se pensou por muito tempo sobretudo na educação tradicional, alunos capazes de atuar ativamente na construção do próprio conhecimento se desenvolvem de maneira muito mais completa do que aqueles que apenas escutam, memorizam e reproduzem os conteúdos transmitidos por um professor.
Portanto, ninguém mais discute, certo? A grande questão entre professores e professoras era: como desenvolver a autonomia dos alunos.
A resposta para essa dúvida acabou surgindo com efeito colateral positivo da pandemia. Isolados em casa, com as escolas fechadas, alunos tiveram enfim de aprender a lidar de maneira muito mais autônoma com a aquisição do conhecimento. No retorno em 2021, ainda em modelo de Ensino Híbrido, certamente será fundamental aprofundar essa autonomia que começou a ser construída ao longo de 2020.
Confira a seguir 6 dicas básicas para estimular a autonomia:
Evidencie a importância da leitura
A leitura é fundamental na formação de indivíduos críticos, reflexivos, capazes de construir opiniões próprias a partir de informações sobre variados temas. Aproveite o vasto mundo da internet ao alcance de um clique e incorpore o hábito de recomendar leituras complementares sobre os temas que estão sendo trabalhados. Muitos jovens têm pouca paciência para ler? O problema pode estar nos temas. Que tal estimular a formação de um grupo de leitura de livros sugeridos por eles? Pode ser um caminho interessante para despertar o prazer de ler.
Promova debates
A internet tem de tudo – de fontes boas e confiáveis a fake news, passando pelos dados de origens duvidosas. Ao incentivar as leituras complementares, jovens autônomos podem acabar parando em algumas informações nem tão corretas assim. Debates são uma ótima maneira de promover correções de rumo, criando uma oportunidade para que os alunos entrem contato com diferentes pontos de vista e interpretações dos fatos. Quando bem conduzida, essa dinâmica também aprimora a capacidade de argumentação sem perder de vista o respeito pelas opiniões alheias, mesmo que divergentes.
Alimente a turma com suas impressões
Um bom feedback, de preferência individual e constante, é fundamental para que o aluno perceba que sua produção está sendo notada, que o que ele pensa tem validade e está sendo considerado por você. Para essa atuação, você precisa estar atento de fato a tudo o que cada estudante produz em sala.
Compartilhe o papel de detentor do conhecimento
Estimular os alunos a avaliar o trabalho de um colega, por exemplo, pode ser uma ótima forma de valorizar o que ele conhece sobre o tema e mostrar que ele também pode acrescentar conhecimento ao conteúdo estudado. Essa prática, inclusive, aumenta a capacidade crítica do estudante sobre a própria produção. Ele passará a entender os próprios erros e será mais cuidadoso com suas produções futuras.
Trabalhe com os erros e as dúvidas
As perguntas trazidas pela turma, e os erros cometidos por eles, mostram como as informações sobre o tema estão sendo processadas e lhe permitem fazer correções de rumo durante a condução do projeto. Nunca despreze essas sinalizações em sala.
Que tal formatar um projeto?
O trabalho por projetos é uma excelente ferramenta para estimular a autonomia. Partindo de temas de interesse da turma, ele envolve conteúdos de diferentes componentes curriculares e se desenvolve com a participação ativa dos estudantes. Considere essa ideia.
E não se esqueça: como já dissemos aqui, 2021 vai ser o ano em que todos os aprendizados de 2020 serão incorporados às rotinas escolares. Além de contar com os momentos de aulas presenciais, você vai poder utilizar os recursos tecnológicos que dominou durante a pandemia para se comunicar virtualmente, planejar momentos de encontros síncronos, gravar aulas assíncronas com qualidade e reinventar o conceito de educação integral.