O desafio de educar na era digital

Gestão Escolar

O desafio de educar na era digital.

A notícia pegou de surpresa educadores, educadoras, gestores e gestoras na primeira semana de março de 2023.

Numa decisão inesperada, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo anunciou o bloqueio do uso de redes sociais e de streamings em todas as cerca de 5.500 escolas de sua rede com acesso à internet.

Entre os aplicativos bloqueados para acesso pelo wifi ou internet conectada estavam o TikTok, o Facebook, o Twitter, o Instagram e os canais de streaming Globoplay, Netflix e Amazon Prime Video.

A determinação gerou uma celeuma. Afinal, em plena era digital, as escolas não deveriam estar mais conectadas do que nunca a esse universo frequentado pelos alunos?

No texto de hoje, vamos abordar alguns dos desafios de educar na chamada era digital. 

  • Afinal, as redes sociais são inimigas ou aliadas dos professores e professoras?
  • O uso de telefones celulares pelos alunos deve ser proibido? 
  • Os professores e professoras estão preparados para trabalhar com a tecnologia? 
  • Onde entra a educação socioemocional nisso tudo?

Boa leitura.

Redes sociais são inimigas ou aliadas dos professores e professoras?

Todos os pensadores contemporâneos da Educação são praticamente unânimes em afirmar: na era da informação, é papel da escola ouvir os estudantes para saber quais tecnologias são mais usadas por eles no dia a dia. 

O objetivo é incorporar essas tecnologias ao currículo para tornar o ensino mais atraente, gerando engajamento e protagonismo do aluno no processo de ensino-aprendizagem.

Além disso, é nosso papel, como educadores e educadoras, trabalhar com nossos alunos e alunas as questões éticas que surgem a partir do uso da tecnologia. 

Provocar a reflexão sobre o compartilhamento de informações, sobre a exposição nas redes sociais e sobre como se proteger de golpes e violências virtuais está entre as missões de educadores e educadoras da era digital.

Nada disso pode ser alcançado pelo simples banimento do acesso a esses aplicativos na escola. 

Banir não é solução 

Em vez de proibir, é preciso ensinar crianças e jovens a utilizar as oportunidades oferecidas pelo mundo digital e a se proteger dos perigos que nele existem.

Vistas a partir desse ponto de vista, as redes sociais são, portanto, aliadas dos professores e professoras no desafio de educar na era da rede social. Desde que bem utilizadas pelos educadores, com consciência e propósito pedagógico.

Se você quiser algumas dicas de como usar as redes sociais com a sua turma, confira este nosso outro texto sobre como usar as redes sociais com os alunos.

O uso de celulares pelos alunos deve ser proibido?

Os smartphones, com todos os seus aplicativos de redes sociais e trocas de mensagem, exercem enorme fascínio em alunos e alunas de todas as idades. 

Quanto mais jovem for a criança, menor a maturidade e mais difícil de controlar a pressão que elas sentem por verificar continuamente a telinha.

Isso posto, é importante entender que as regras devem variar de acordo com a faixa etária. 

Cada vez mais vem se cristalizando nas escolas uma compreensão de que crianças pequenas não devem ter acesso ao aparelho. A decisão sobre qual a idade certa para dar um telefone para o filho ou a filha, claro, cabe aos responsáveis. Na escola, porém, é possível estabelecer regras para limitar o acesso a ele.

Entre os mais velhos, porém, a intenção de educadores e educadoras deve ser a de educar para o uso consciente. 

Novamente, nesse contexto, a simples proibição não vai ajudar na tarefa de ensiná-los a conviver com esse recurso.

Para evitar que o acesso aos telefones saia do controle é possível estabelecer algumas regras de uso. Confira a seguir as 4 regras para tornar a relação com o smartphone mais produtiva em aula que preparamos para você.

4 regras para usar o smartphone em aula

  1. Quando pode e quando não pode – Esclarecer as situações em que acessar o telefone em sala é permitido ajuda a evitar o uso desenfreado. Essa regra deve ser estabelecida pela escola de acordo com a faixa etária das turmas, deve ser clara, transparente, e prever as punições em caso de descumprimento.
  2. Combinado não sai caro – Sabendo que o uso jamais será totalmente liberado, de que forma os alunos e alunas acreditam que seria saudável recorrer aos telefones em sala de aula? Mobilize a turma para criar as regras em conjunto com você. Isso aumenta a efetividade do cumprimento dos combinados.
  3. Use com intenção pedagógica – Uma forma de regrar o acesso é empregar os aparelhos como ferramenta de produção de conhecimento. Pense em atividades inovadoras que usem os smartphones para potencializar a aprendizagem.
  4. Liberdade e responsabilidade – Aproveite as regras de uso para fazer a turma entender a importância de ser responsável e as consequências que podem ser geradas pela transgressão dos combinados ou o mau uso do smartphone e das redes sociais.

Estamos preparadas(os) para trabalhar com a tecnologia?

Os anos de pandemia, sem dúvida, nos levaram a um verdadeiro salto na incorporação da tecnologia à rotina pedagógica.

Ainda assim, falta muita formação para que professores e professoras se sintam em mínima condição de igualdade com os chamados “nativos digitais”.

Em lugar de simplesmente proibir o acesso, as redes de ensino deveriam estar mais atentas às oportunidades para formar seus docentes no uso de ferramentas e aplicativos para fins educacionais na era digital.

Procure se formar para ampliar o seu repertório e não tenha medo de aprender junto com seus alunos e alunas.

E a educação socioemocional nisso tudo?

Como ficou claro por esse texto, a chegada da educação na era digital precisa vir acompanhada de uma mudança de mentalidade radical sobre o que configura uma relação de ensino-aprendizagem. 

Nesse novo contexto de intensa interação digital, a Educação Socioemocional é fundamental para garantir que alunos e alunas sejam capazes de entender e lidar com suas emoções e sentimentos, desenvolvam as habilidades de resolução de problemas, aprendam a trabalhar em equipe sem perder a empatia, a reflexão e a ética, e desenvolvam suas relações sociais, não apenas no mundo digital, mas também no mundo real.

É exatamente nesse desenvolvimento que o Programa MenteInovadora atua de maneira assertiva.

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