Os efeitos da pandemia que poucos enxergam
Os efeitos da pandemia que poucos enxergam. Muito se tem discutido sobre os danos emocionais causados às crianças pelo fechamento das escolas e por toda a crise sanitária vivida pelo mundo.
De fato, eles não são poucos.
Mas há um efeito silencioso ao qual pouca gente tem prestado atenção.
Na urgência de garantir a segurança das crianças contra o vírus e de tentar brecar a disseminação da doença, todos concordaram com o fechamento imediato das escolas, em março de 2020. Afinal, alguns dias letivos perdidos nada significavam diante da importância da vida, certo?
Só que os dias se transformaram em semanas. As semanas em meses. Chegamos a 1 ano completo, praticamente sem atendimento presencial de crianças e adolescentes na imensa maioria das escolas brasileiras, principalmente nas públicas.
É aí que entram os efeitos da pandemia que poucos enxergam.
Um relatório preparado pelo Banco Mundial e divulgado na segunda quinzena de março deste ano aponta que os efeitos. Como resultado, a alfabetização e a proficiência de leitura desses jovens podem ser extremamente danosos.
O Brasil já estava longe do ideal nesse campo. Mesmo antes da pandemia, a estimativa do Banco Mundial (Bird) era de que a pobreza de aprendizagem atingia a 50% das crianças em idade de escolarização. Com o fechamento das escolas por 13 meses, esse percentual pode subir para 70%, segundo o Bird.
Em outras palavras, 7 em cada 10 crianças podem chegar ao fim do Ensino Fundamental sem desenvolver a habilidade de ler e compreender um texto simples.
É um dado altamente preocupante. Para chegar a ele, os especialistas do Bird se basearam em dados de um estudo da Fundação Lemann. Os apontamentos mostram a dificuldade de manter a rotina como um dos principais desafios enfrentados pelos alunos no módulo de educação à distância. Segundo esse estudo, a falta de motivação para fazer as tarefas subiu de 46% em maio, no início da pandemia, para 54% em setembro.
O Bird estima que a nota dos estudantes brasileiros de 15 anos de idade no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (o Pisa, da sigla em inglês) deve sofrer uma redução de até 50 pontos por conta do fechamento das escolas.
Todos esses efeitos negativos, claro, serão sentidos com maior intensidade entre alunos das camadas mais pobres e vulneráveis da população, aprofundando as desigualdades sociais no país.
1 Comentário. Deixe novo
Realmente, acredito que “Nunca mais será como antes”. O mundo mudou, passamos mais de um ano e o virus está rondando as pessoas ele o virus não escolhe pessoas, atinge qualquer um em qualquer lugar, ele está nas pessoas sem que elas saibam e também no ar que respiramos. Eu confesso, que estou com medo desse vírus, estou evitando aproximação entre pessoas, mas as vezes é necessário em virtude de dialogo e de trabalho. Recentemente recebi uma mensagem de amigo que residem em Portugal, lá as pessoas estão muito temerosas com as fronteiras abertas tal como aqui no Brasil, porque desse modo o vírus em vez de ir embora, poderá multiplicar-se em uma terceira onda, que dizem que já está aí. Quantas ondas ainda virão, o que será de nós, os governos também não sabem o que fazer a não ser distribuir vacinas para tentar brecar a dissiminação. Uma coisa é certa, devemos nos proteger, usar a mascara até quando não sabemos, vamos tomar cuidado para não ficar doente, porque se for preciso um internamento por qualquer tipo de doença que por ventura podemos ter, corremos o risco de pegar o vírus da covid-19 e aí, só com a proteção de Deus.