França retoma aulas presenciais com crianças pequenas
França retoma aulas presenciais com crianças pequenas: reabertura das escolas começou em maio e turmas foram limitadas a 10 alunos por sala na Educação Infantil
A volta às aulas presenciais continua desafiando autoridades e gestores escolares por todo o mundo. Com a finalidade de dar sequência à nossa série sobre a hora de voltar à escola, hoje vamos mostrar a experiência da França, que retomou gradualmente o retorno presencial no dia 11 de maio.
Na ocasião, o ministro francês da Educação, Jean-Michel Blanquer, classificou a reabertura das escolas como uma “emergência social”. Havia um temor de que uma parte dos alunos não conseguisse concluir os estudos ou simplesmente deixasse de frequentar as escolas.
França retoma aulas presenciais com crianças pequenas, de forma de gradual. Um susto na semana seguinte ameaçou o plano: algumas unidades tiveram de ser fechadas novamente porque 70 novos casos de Covid-19 haviam surgido no ambiente escolar. As semanas seguintes, porém, transcorreram bem. E no dia 22 de junho, o governo francês determinou a volta das escolas em tempo integral, com todas as turmas, incluindo os anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, ainda que com turmas em tamanho reduzido.
O retorno era obrigatório e funcionaria quase que como um teste, uma vez que seria apenas por duas semanas antes do início das férias de verão naquele país. O sistema educacional francês tem 10 milhões de estudantes na Educação Básica.
Confira a seguir as medidas adotadas pelo governo francês:
Reabertura gradual
A retomada começou de forma escalonada, com as crianças do último ano da Educação Infantil e os dois primeiros anos do Ensino Fundamental I. Crianças com deficiência e filhos de trabalhadores dos serviços essenciais tiveram preferência, como resultado inicialmente um total de 1 milhão de estudantes foram atendidos.
Adequação do espaço físico
O governo determinou que todas as salas de aula deveriam funcionar com as janelas abertas e ter marcações de distância no chão para garantir que cada carteira estivesse, pelo menos, a 1 metro de distância das demais.
Tamanho das turmas
As aulas foram retomadas com turmas reduzidas. As salas de Educação Infantil deveriam funcionar com, no máximo, 10 alunos. No Ensino Fundamental, o número era de 15 alunos por sala.
Equipamentos de segurança
O uso de máscaras não foi imposto para as crianças menores, porque as autoridades entenderam que seriam impossível garantir que essa regra fosse observada. Apenas os estudantes a partir do 4º ano do Ensino Fundamental foram obrigados a usar máscaras.
Rotinas de higienização
As regras estabeleceram que cada escola deveria fazer a limpeza completa do piso pelo menos uma vez por dia, e instituir a limpeza de maçanetas, sanitários e interruptores várias vezes ao dia.
Contato físico
Ao contrário de outros países, o governo não impôs regras para o contato físico entre os estudantes. Um e-book com regras de prevenção ao contágio e medidas de higiene foi distribuído a todas as famílias.
Confira também as medidas adotadas na China, na Dinamarca e na Coreia do Sul.
7 Comentários. Deixe novo
Interessante saber que na França a prioridade foram alunos com deficiência, pois eles necessitam até mais que os demais da rotina escolar, muitos não entendem o porquê estar tanto tempo fora da escola.
Para o retorno das aulas é fundamental pensar em protocolos de segurança e se de fato serão atendidos. Na educação infantil, é impossível as crianças utilizarem a máscara e não ter contato tanto com os colegas como os professores. O acolhimento é indispensável, sem contar que a realidade de cada país, estado e município são diferentes.
muito interessante a preferência as crianças com necessidades especiais, e as crianças dos pais com trabalho essencial, e o contato físico não ser imposto e sim orientar as famílias com relação ao contato.
Acho complicado o retorno na educação infantil, as crianças não entendem o distanciamento, não temos garantias que teremos equipamentos e funcionários necessários para limpeza.
É necessário que o protocolo seja rigorosamente seguido, mas é extremamente difícil desenvolver este trabalho com crianças pequenas e fazer que eles entendam a importância do distanciamento social e uso contínuo de máscaras, não temos garantias segura que teremos equipamentos e funcionários suficientes para que este protocolo seja realizado.
Não acredito que temos condições de voltar neste momento.
É fundamental seguir o protocolo, porém como vamos garantir o distanciamento social.