Como reter alunos durante o ano escolar
Na mudança de ano letivo, é natural que os esforços da equipe de gestão escolar estejam direcionados à captação de novos alunos.
Afinal, essa é a época em que pais e mães decidem para onde vão enviar os filhos quando precisam fazer uma troca de escola.
A partir de janeiro, porém, essa busca por novos alunos desacelera e um desafio permanente em todas as escolas volta a entrar no foco: a retenção de alunos.
Hoje vamos falar um pouco sobre por que é importante reter alunos durante o ano escolar e apresentar 7 dicas para que sua escola consiga um ótimo índice de retenção.
Boa leitura.
Por que é importante reter alunos?
Um primeiro aspecto que surge na cabeça de todo gestor escolar é, certamente, o financeiro.
Toda escola faz um planejamento financeiro anual contando com um número determinado de alunos e alunas. Se esses números sofrem baixas muito grandes, a saúde financeira da instituição pode ficar comprometida.
O aspecto financeiro, porém, não é o único a conferir importância para a retenção de alunos.
Imagem da escola
Outro fator que é muito influenciado pelas taxas de retenção é a imagem da escola.
Afinal, uma escola em que a comunidade está muito satisfeita e propensa a manter seus filhos e filhas matriculados ganha relevância como uma instituição onde a qualidade do ensino é superior.
Pais e mães felizes com a educação dos filhos e filhas falam bem da escola e fazem a melhor propaganda que qualquer gestor pode esperar.
Por outro, escolas com altas taxas de perda de alunos indicam a existência de problemas internos, sejam administrativos ou até mesmo pedagógicos.
Em outras palavras, reter alunos durante o ano escolar é um indicativo de sucesso na gestão escolar.
7 dicas para reter alunos durante o ano escolar
Quer aumentar a retenção de alunos na sua escola? Confira as 7 dicas que separamos para você.
- Entenda as taxas de retenção – Um passo inicial fundamental é se manter atento às taxas de retenção de alunos e entender os motivos de quem está a deixando a escola. Reúna-se com pais e mães que estão pedindo a transferência de seus filhos e filhas para saber o que os motivou a esse caminho. Essa compreensão é fundamental para que você possa atuar de maneira assertiva sobre eventuais problemas que possam estar afetando a decisão dos pais.
- Acolha as necessidades dos alunos – Um dos fatores decisivos na hora de avaliar a permanência numa escola é o sentimento de pertencimento que o aluno ou aluna tem com a instituição. É importante que a equipe pedagógica esteja atenta às necessidades de cada estudante, com uma atitude acolhedora, para permitir a construção desse vínculo. Abra espaço para que os jovens se manifestem e ouça o que eles têm a dizer. Instituições que dão voz e respeitam as opiniões de seus estudantes são lugares em que eles tendem a permanecer mais felizes.
- Acompanhe a aprendizagem de perto – Dificuldades na aprendizagem são fatores preponderantes na decisão dos pais para mudar de escola. Especialmente se eles avaliam que a equipe pedagógica não dá a atenção necessária às dificuldades do filho. Os professores e professoras devem estar atentos ao progresso da aprendizagem de cada um de seus alunos, atuando pontualmente para ajudar aqueles que estejam com dificuldades maiores em determinados pontos. Além de dar essa atenção, é importante manter a família informada sobre as dificuldades e as ações planejadas para ajudar o estudante a superá-las.
- Comunique-se bem com as famílias – A comunicação é essencial para garantir a satisfação dos pais e mães de alunos e alunas. Famílias bem informadas, constantemente atualizadas sobre o desenvolvimento dos filhos e devidamente esclarecidas sobre as intenções pedagógicas de cada passo na escola entendem melhor a trajetória dos filhos e filhas. A escola deve estar aberta, também, para ouvir esses pais e mães e entender suas dores e desagrados, de forma a buscar soluções satisfatórias.
- Motive a sua equipe pedagógica – A equipe pedagógica é o cérebro, o coração e a alma de uma escola. Por esse cérebro passam todos os planejamentos de ações pedagógicas com objetivos de aprendizagem; nesse coração pulsam as emoções capazes de olhar, perceber dificuldades, acolher e guiar pela mão os alunos e alunas que precisam de apoio. A união entre cérebro e coração cria a alma da escola que é capaz de encantar e motivar pais e mães de alunos com o desabrochar da aprendizagem em seus filhos e filhas. Invista na motivação da sua equipe com formações constantes, reuniões de preparação para troca de experiências. Ouça o que professores e professoras trazem e esteja pronto a ajudá-los(as).
- Ofereça diferenciais aos alunos – O principal, sempre, é a aprendizagem. E quanto mais serviços diferenciais a sua escola oferecer para ampliar essa aprendizagem, melhor. A escola precisa estar conectada com o que há de mais moderno no campo da pedagogia para poder mostrar às famílias que a educação que oferece é de ponta.
- Negocie as pendências financeiras com empatia – As crises econômicas se sucedem e os altos e baixos da economia jogam muitas famílias em dificuldades financeiras. Desenvolva a empatia para negociar de maneira personalizada cada caso de inadimplência, de forma a garantir a retomada de um fluxo de pagamentos sem perder a família por causa do custo da mensalidade. Seja flexível para contemplar as necessidades de cada caso.
Onde entra a educação socioemocional nisso tudo?
Você notou que cada um dos sete pontos acima exige a ativação de habilidades socioemocionais desenvolvidas?
Para negociar os atrasos com as famílias de maneira eficiente (dica 7) você precisa de flexibilidade e empatia, que também são fundamentais para acolher os alunos (dica 2).
Para motivar a equipe pedagógica (dica 5), além das duas habilidades já citadas, você precisa de planejamento e trabalho em conjunto.
A comunicação é a habilidade para se manter conectado às famílias (dica 4) e também para esclarecer o trabalho feito com alunos e alunas em caso de superação de dificuldades.
Para detectar as dificuldades e criar planos para superá-las (dica 3), os professores e professoras precisam da habilidade de análise e resolução de problemas, as mesmas que gestores e gestoras precisam ativar para entender melhor as taxas de retenção (dica 1).
Você sabia que o Programa MenteInovadora, quando implementado na escola, ajuda a desenvolver essas habilidades também em professores e professoras, gestores e gestoras por meio da formação dos professores facilitadores?
Clique aqui, aprenda mais sobre o Programa MenteInovadora e descubra como ele pode ser um bom diferencial que sua escola pode oferecer (dica 6) para melhorar a retenção de alunos na escola.