10 Dicas para lidar com o TDAH em sala de aula

Gestão Escolar

Um dos grandes desafios para professores e professoras em sala aula é encontrar estratégias eficientes para garantir a aprendizagem de alunos e alunas que necessitam de atenção especial.

Nesses casos estão contemplados as crianças portadoras de um transtorno cada vez mais comum nas salas de aula: o TDAH.

A sigla se refere ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. 

Esse é o nosso tema de hoje e neste texto você vai conhecer:

  • A definição de TDAH;
  • De que formas ele pode se apresentar;
  • Os sinais que podem indicar a presença do TDAH;
  • Como é feito o diagnóstico do TDAH; e
  • 10 dicas para lidar com o TDAH em sala de aula.

Boa leitura!

O que é TDAH?

O primeiro passo para começar a lidar com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade em sala de aula é entender o que ele é exatamente.

É importante ter em mente que o TDAH é um transtorno biológico, originado por causas genéticas. Suas principais características são a desatenção, a inquietude e a impulsividade. 

Embora não exista uma idade certa para o surgimento dos sintomas, é mais comum que eles surjam antes dos 12 anos. Algumas vezes, já a partir dos 3 anos.  

Muitas vezes esses sintomas são confundidos com desatenção. Por isso é importante estar atento a eles.

De que forma o TDAH se apresenta?

Existem três apresentações mais comuns do TDAH:

  • Predomínio da desatenção;
  • Predomínio da hiperatividade e da impulsividade; e
  • Apresentação combinada das duas anteriores.

As apresentações variam de criança para criança, por isso é importante que pais, mães, professores e professoras estejam atentos aos sinais do TDAH.

Quais são os sinais do TDAH?

Como já dissemos acima, os sintomas clássicos são desatenção, inquietude e impulsividade.

É comum também que crianças portadoras de TDAH apresentem baixa tolerância à adversidades e decepções de maneira geral, além de dificuldades para se relacionar com as outras crianças.

Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, outros sintomas recorrentes em crianças com TDAH são:

  • Inquietação;
  • Movimentação pelo ambiente;
  • Movimento constante de mãos e pés;
  • Manipulação de vários objetos;
  • Incapacidade de ficar quieta ou permanecer sentada;
  • Fala excessiva;
  • Dificuldade de focar atenção em atividades longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes;
  • Distrair-se com facilidade com estímulos do ambiente ou com os próprios pensamentos;
  • Esquecer-se com frequência do material escolar, dos recados, do que estudaram para a prova. 
  • Não conseguir esperar a vez;
  • Dificuldade para ler uma pergunta até o final e respondê-la;
  • Interromper os outros durante a fala;
  • Agir sem pensar;
  • Dificuldade para se organizar e planejar o que precisam fazer.

Com todas essas características, as crianças com TDAH tendem a apresentar um desempenho escolar inferior ao que seria esperado para a capacidade intelectual que apresentam. 

Nem sempre, porém, o rendimento é o maior problema enfrentado pelos portadores de TDAH.

É comum que a vida na escola seja muito afetada pelas dificuldades de relacionamento e pelo comportamento.

Como é feito o diagnóstico do TDAH?

Professores e professoras, pais e mães têm um papel importantíssimo na observação dos sintomas relatados acima.

É preciso, porém, deixar um ponto bem claro: não é papel dos educadores diagnosticar o TDAH.

Diante dos sintomas acima, é importante chamar a família do aluno ou da aluna para uma conversa. O objetivo é trazer a questão à consciência e garantir que a criança seja encaminhada para avaliação médica.

O diagnóstico de TDAH é bastante complexo. Só pode ser feito por profissionais de saúde, com base em parâmetros internacionais estabelecidos na 5a edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico em Saúde Mental, o chamado DSM 5, publicado pela Associação Americana de Psiquiatria em 2013.

10 dicas para lidar com o TDAH em sala de aula

Agora que você já sabe o que é TDAH e conhece os sintomas que deve observar em alunos que sejam possíveis portadores desse transtorno, vem o grande pergunta:

Como lidar com essas crianças no dia a dia da sala de aula?

Confira 10 dicas que selecionamos para que você consiga trabalhar de forma respeitosa e garanta a aprendizagem dessas crianças:

  1. Organize a sala de aula de forma ordenada, consistente e previsível. Isso ajuda na concentração das crianças com TDAH.
  2. Estabeleça normas e limites muito claros e registre as rotinas da turma.
  3. Crie combinados no início do ano letivo e exponha essas regras em cartazes nas paredes da sala.
  4. Traga a criança com TDAH para perto de você, determinando a ela um lugar nas primeiras fileiras.
  5. Quebre atividades muito longas em etapas e só passe as instruções necessárias para cada etapa. Isso ajuda a manter a motivação da criança.
  6. Combine gestos com a criança para sinalizar a ela, de forma a alertá-la sempre que estiver começando a se distrair.
  7. Aulas com recursos audiovisuais como vídeos ou computadores, por exemplo, podem ajudar na atenção, no foco e na motivação. 
  8. Se você perceber que algum elemento está sendo motivo de distração, faça modificações na sala de aula.
  9. Se a criança tiver dificuldades para escrever, abra a possibilidade para que responda de forma oral ou por meio de gravação.
  10. Adote recursos de auxílio à memorização. Tabelas, gráficos e post-its, por exemplo, são muito úteis para registrar prazos de entrega de trabalhos, datas de provas, orientações de estudo, horários, palavras-chave daquele conteúdo etc.

Com essas medidas simples, você amplia as possibilidades de melhorar a aprendizagem de seus alunos e alunas com TDAH. E não se esqueça: é fundamental contar com o apoio das famílias para que a criança tenha acompanhamento médico especializado.

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