Para onde deve apontar o Ensino Médio?
Para onde deve apontar o Ensino Médio?
O mundo da Educação foi sacudido no início de abril por uma notícia inesperada: depois de seis anos de formulação e implementação, a reforma do Ensino Médio foi suspensa por 90 dias pelo governo federal.
No texto de hoje, trazemos elementos que esclarecem os motivos dessa decisão, quais devem ser os próximos passos, e algumas ideias que podem contribuir para ajudar na definição de para onde deve apontar o Ensino Médio.
Boa leitura.
Motivos da suspensão
A decisão do Ministério da Educação (MEC) foi tomada levando em consideração as dificuldades enfrentadas pelas escolas para implementar o novo currículo. Especialmente as públicas, que respondem por mais de 80% dos estudantes dessa etapa da Educação Básica.
Os problemas vinham sendo apontados por professoras e professores de todo o Brasil desde que a reforma começou a ser implementada no 1º ano do Ensino Médio, em 2022. Eles foram, inclusive, apontados por este outro texto nosso, aqui no Educador360, em junho do ano passado.
Próximos passos da reforma
A princípio, o governo não vai revogar as mudanças que ampliam a carga horária dessa etapa e criam os chamados percursos formativos.
Esses percursos foram idealizados para permitir aos alunos maior liberdade para escolher disciplinas alinhadas com seus objetivos de vida. Para saber mais sobre a reforma, acesse este outro post nosso sobre as mudanças trazidas por ela.
A intenção do MEC é ganhar tempo para fazer correções de rumos.
Como fica o Enem
O principal impacto da suspensão será sentido na prova do Exame Nacional do Ensino Médio. A partir de 2024, ela teria duas etapas. Uma geral, para todos os estudantes, com os conteúdos cobertos pelos componentes obrigatórios, e outra etapa com diferentes questões de acordo com o percurso formativo escolhido pelo estudante.
A princípio, essa alteração não entrará mais em vigor a partir de 2024.
Debate aberto
A decisão do governo teve o mérito de trazer para o centro do debate a discussão que, na verdade, deveria ter sido feita em 2017: qual é o Ensino Médio que atende às necessidades dos alunos e alunas dessa faixa etária? Qual reforma é possível, levando em consideração as limitações vividas pelas redes públicas estaduais e as lacunas na formação de professora e professores? Para onde deve apontar o Ensino Médio?
Em que pesem as inúmeras divergências entre diferentes atores m relação aos rumos dessa Etapa de Ensino, uma questão parece consensual entre todos: o Ensino Médio que tínhamos antes da reforma não cumpria a sua função. Retornar ao modelo anterior, portanto, não é uma opção.
Tendências e ideias
Para contribuir com o debate sobre para onde deve apontar o Ensino Médio, trazemos a seguir algumas tendências e ideias que podem ajudar a vislumbrar um futuro mais eficiente para essa etapa da Educação Básica.
- Percursos formativos em rede – As tecnologias disponíveis hoje permitem aos alunos e alunas assumir, até certo ponto, o protagonismo da aprendizagem. Eles e elas podem escolher cursos complementares direcionados aos seus interesses que não precisam necessariamente acontecer no espaço físico da escola em que estão matriculados e matriculadas. Basta que estejam disponíveis em modelo híbrido, à distância, e mediado por tecnologia.
- Microlearning – Uma das mudanças causadas pela revolução tecnológica afeta a capacidade de atenção e concentração dos jovens. Segundo um estudo realizado pela Microsoft, o tempo que um jovem consegue se manter focado caiu 33% entre 2000 e 2015, em função da intensificação do uso de aparelhos móveis. Nesse contexto, imaginar uma nova formatação no tempo de duração das aulas, com uso de recursos tecnológicos que ampliem a capacidade de imersão e com simplificação de conceitos e termos para torná-los mais objetivos, pode turbinar o processo de ensino-aprendizagem.
- Orientação para projeto de vida – Parece um pouco utópico acreditar que todos os adolescentes já saibam, aos 15 anos de idade, o caminho que querem trilhar na vida. Programas de orientação para que esses jovens possam formatar um projeto de vida com maior embasamento seriam de grande ajuda para tornar os percursos formativos mais eficientes.
- Desenvolvimento de habilidades socioemocionais – Parte importante da criação de um projeto de vida passa pelo desenvolvimento de habilidades socioemocionais como autoconhecimento, resolução de problemas, planejamento e gerenciamento de recursos, tomada de decisões, liderança e cooperação. Uma etapa como o Ensino Médio, que pretende preparar os jovens para entrar num mercado de trabalho em transformação, deve focar no desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Projeto de Vida Mind Lab
Antecipar-se às tendências para impulsionar o desenvolvimento da educação está no DNA da Mind Lab, uma empresa que foi fundada em 1994, oito anos antes de a Unesco estabelecer as diretrizes básicas para Educação Socioemocional.
No caso do Ensino Médio, a Mind Lab vem se dedicando desde 2019 à elaboração de programas e abordagens que preparem os jovens para enxergar possibilidades no mercado de trabalho e formatar projetos de vida que os levem a alçar vôos maiores.
O Projeto de Vida Mind Lab alia todo o nosso know how em desenvolvimento de habilidades socioemocionais à plataforma EduK, que promove o ensino focado na geração de renda e conta com mais de 3.200 cursos em plataforma 100% digital, sem limitações geográficas.
Para implementar o Projeto de Vida Mind Lab com suas turmas de Ensino Médio, professores e professoras recebem formação na modalidade EAD. Dessa forma, educadores e estudantes se beneficiam de desenvolvimento comportamental e profissional.
Acesse as nossas plataformas do EduK e do MenteInovadora e entre em contato para conhecer mais sobre o Projeto de Vida Mind Lab e descobrir como ele pode impactar no sucesso dos seus estudantes do Ensino Médio.