Promova a Educação Socioemocional em casa
“Promova a Educação Socioemocional em casa”. Como a sua escola pode apoiar as famílias para reforçar os comportamentos e habilidades desenvolvidos em sala de aula.
Uma escola que trabalhe com seriedade o desenvolvimento socioemocional de seus alunos e alunas sabe da importância da participação das famílias nesse processo. Afinal, para que comportamentos se transformem em hábitos, eles precisam ser constantemente estimulados e lembrados, e não apenas na escola.
É aí que entra o envolvimento de pais e mães. E não há necessidade de esperar que a adolescência para estabelecer essa parceria. Afinal, a criança aprende a viver e a conviver com os pais e mães desde muito cedo, pelo exemplo.
Tudo o que elas observam no mundo à sua volta – e nas atitudes e comportamentos dos pais, principalmente – molda a construção das crenças, valores e atitudes dela.
Uma maneira de iniciar o envolvimento das famílias de sua escola no compartilhamento da educação dos filhos e filhas é mostrar a pais e mães a importância de estarem muito atentos às atitudes e reações que expressam em suas rotinas diárias. Por mais que pareçam desatentas, as crianças estão sempre observando os adultos.
Mostre aos pais e mães que eles podem oferecer bons exemplos de habilidades socioemocionais no dia a dia. Confira algumas situações corriqueiras que demonstram como eles podem fazer isso:
Frustrações
Convide pais e mães a refletir sobre a forma como reagem quando alguma coisa não sai exatamente da maneira que eles esperavam. Sim, todos nós sabemos que às vezes é difícil se controlar. Mas é importante que eles façam um esforço para encarar situações adversas com maior naturalidade. Reagir de maneira serena ajuda as crianças a entender que frustrações fazem parte da vida e que todos nós podemos lidar com elas sem perder a calma.
Diálogo verdadeiro
Outra reflexão importante é sobre a maneira como conversam com seus filhos e filhas. Será que eles demonstram abertura para ouvir o que a criança ou jovem tem a dizer e, principalmente, para compreender o que está sendo exposto? Compreender não significa concordar, é sempre bom frisar esse ponto. Todos nós podemos entender um ponto de vista, mesmo discordando do que está sendo dito. Dialogar vai além de apenas expressar o que se passa conosco; implica em também receber o que o outro tem a nos dizer com empatia. Lembre-se também de que diálogo não é uma disputa sobre quem está certo. Todos nós podemos ouvir e colocar respeitosamente nossos pontos de vista, sem a necessidade de convencer o outro de que estamos certos.
Coerência entre discurso e prática
Sabe aquela situação em que a pessoa faz uma defesa apaixonada da importância de respeitar ao próximo, mas estaciona na vaga do idoso só porque é mais perto e ela só vai demorar dois minutinhos? Pois é, isso não pode acontecer. É muito fácil estabelecer uma série de regras sobre a forma certa de agir e de se comportar. Difícil é conseguir que as crianças sigam essas regras se os pais, que as criam, não estiverem prontos a segui-las também. Mostre às famílias que as atitudes comunicam de forma mais eficiente às crianças como elas devem se comportar no mundo. Portanto, os adultos devem viver o que propõe para os filhos. Regras só são verdadeiras quando são para toda a família, e não apenas para as crianças.
Os três exemplos acima mostram que a família, seja de forma consciente ou inconsciente, sempre participa do desenvolvimento das habilidades socioemocionais das crianças. Daí a importância de a escola conquistá-las para reforçar esses hábitos em casa.
Muito provavelmente, porém, pais e mães precisarão de apoio da escola nessa tarefa. Veja algumas ideias de como a sua instituição pode ajudá-los:
Encontros formativos
Os melhores programas na área de Educação Socioemocional contemplam materiais especialmente formatados para serem enviados às famílias. Organize encontros, mesmo que remotos, para explicar a importância da aplicação dessas propostas em casa, como utilizar os materiais e os ganhos que podem ser obtidos no desenvolvimento dos jovens e crianças com essa prática.
Reuniões individuais
Os educadores da escola formados para atuar dentro do programa de Educação Socioemocional são um valioso recurso na conversão das famílias para participar ativamente da formação dos filhos. Estimule-os a agendar momentos individuais com as famílias, onde poderão conversar sobre cada criança, suas potencialidades e desafios, e sobre o funcionamento do programa. Se a sua escola adota o Programa MenteInovadora, por exemplo, peça que o professor mediador lidere esses encontros.
Eventos socioemocionais
Assim como as tradicionais Feiras de Ciências ou de Artes, que tal organizar campeonatos de jogos de raciocínio? Eventos que reúnem as famílias e as crianças estimulam a vivência em conjunto dos aprendizados proporcionados pelo programa escolhido por sua escola. Além disso, ajudam na aproximação entre pais e filhos, essencial para a promoção da Educação Socioemocional em casa, e ajudam na formação dos pais e responsáveis sobre as habilidades socioemocionais em desenvolvimento.
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