A importância das habilidades sociemocionais na volta às aulas
A importância das habilidades sociemocionais na volta às aulas. A importância do desenvolvimento integral do aluno não chega a ser novidade para quem atua na área da educação. Não à toa, a Base Nacional Comum Curricular propõe, entre outras coisas, o olhar para o aluno de forma integral desde 2018. Entender o aluno como um todo, porém, passa a ser uma necessidade ainda maior depois de um ano como 2020. Em que a pandemia afetou de forma marcante a vida emocional de crianças e jovens. Ao mesmo tempo em que fechava as escolas e rompia vínculos.
Nesse contexto, trabalhar o desenvolvimento das competências gerais da BNCC será essencial, considerando quem são os seus alunos, o contexto em que eles vivem, como aprenderam e de que forma aprenderam enquanto estavam longe das salas de aula.
É uma tarefa árdua, que certamente não se encerra em 2021, mas continuará pelos anos vindouros.
Projetos de vida
Antes mesmo do coronavírus assombrar o mundo e fechar as escolas, a BNCC já reconhecia a importância de competências socioemocionais. Tais como colaboração, autoconhecimento, trabalho em equipe, empatia, tomada de decisões, entre outras. O objetivo da Educação, na visão da BNCC, é levar os alunos a construir clareza sobre seus projetos de vida, preparando-os para concretizá-los. As habilidades socioemocionais, nessa visão, se tornaram estratégicas para que o professor atinja os objetivos propostos.
Confira, a seguir, três perguntas centrais para fazê-lo refletir sobre o papel das habilidades socioemocionais na escola:
Como ensinar habilidades socioemocionais?
Habilidades socioemocionais não podem ser ensinadas num padrão tradicional. Elas precisam ser desenvolvidas. O Programa MenteInovadora da Mind Lab, por exemplo, usa jogos de raciocínio para proporcionar aos alunos situações que simulam os desafios da vida, aliados a métodos metacognitivos que são mediados por um professor formado para essa finalidade. Sua atuação, portando, deve ser a de um mediador que busca levar os alunos a construir soluções para as questões que enfrentam, compreendendo suas emoções e sentimentos diante dos fatos.
Posso criar um componente curricular?
Essa é uma falha comum, desde a aprovação da BNCC. Muitas escolas acreditam que basta criar um horário na grade para ensinar habilidades socioemocionais, quando na verdade o que se deve buscar é o desenvolvimento das habilidades ao longo de todo o tempo escolar. O trabalho com jogos de raciocínio proposto pelo MenteInovadora, por exemplo, é ponto de partida para que o aluno, ao desenvolver suas habilidades, faça a transposição para todas as situações cotidianas de sua vida, seja na escola, seja em casa.
Aula expositiva ajuda a ensinar socioemocionais?
Conversar sobre a emoções que nos afetam diante de adversidades é muito diferente de tentar ensinar, de maneira genérica, o que é felicidade, tristeza, raiva, medo… Qualquer exposição que você planeje, deve ter a intenção pedagógica para que seja efetiva. Tome cuidado com materiais que oferecem atalhos para expor emoções, como murais, crachás ou pulseiras com indicadores de sentimentos, porque isso pode causar constrangimentos aos alunos. Prefira, sempre, o contato pessoal, a conversa com serenidade, respeitando inclusive o momento, quando o aluno não quer falar sobre o que o afeta.