Seu aluno precisa de ajuda emocional!
Seu aluno precisa de ajuda emocional!
A pandemia foi controlada, as escolas foram reabertas e tudo voltou ao “normal”.
Você concorda com essa afirmação? Para você, tudo voltou ao “normal”? E para os seus alunos e alunas?
Infelizmente, a realidade nas escolas brasileiras e nas salas de aula mostra que a saúde emocional e psicológica dos estudantes e das estudantes no Brasil está longe do que se poderia classificar como normal.
Os recentes ataques a professoras, professores e a alunos e alunas são apenas o indício mais grave e extremo dessa situação de descontrole.
No texto de hoje nós vamos abordar uma pesquisa sobre a situação da saúde emocional e psicológica dos estudantes que mapeia bem esse quadro, vamos lembrar os casos mais recentes de ataques a escolas e vamos discutir como o desenvolvimento de habilidades socioemocionais pode ajudar no trabalho de professoras e professores para debelar essa crise de saúde emocional e psicológica entre os estudantes.
Boa leitura.
A pesquisa
O levantamento foi feito pelo Instituto Datafolha a pedido da Fundação Lemann, do Itaú Social e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID.
Publicada no último dia de março (31), na mesma semana em que um estudante havia assassinado uma professora a facadas numa escola pública de São Paulo (27/03), a pesquisa trouxe dados alarmantes: dois em cada cinco estudantes no Brasil têm dificuldade para controlar emoções negativas como raiva e frustração e precisa de acompanhamento psicológico.
Os dados foram coletados com o objetivo de mapear a visão das famílias e dos estudantes sobre o primeiro ano de retorno às aulas após a pandemia de Covid-19.
Foram ouvidos 1.323 adultos responsáveis por estudantes e 1.863 alunos de escolas públicas municipais e estaduais, com idades entre 6 e 18 anos, que cursam do Ensino Fundamental ao Médio.
Confira no gráfico os principais desafios listados pelos alunos e alunas ouvidos:
Os atentados
A pesquisa foi publicada na mesma semana em que um estudante de 13 anos invadiu uma escola estadual na cidade de São Paulo e matou uma professora a facadas (27/03). Antes de ser imobilizado e desarmado por outra professora, o menino ainda feriu outras três docentes e um estudante. Ele era aluno do 8º ano do Ensino Fundamental.
Pouco mais de uma semana depois, um homem de 25 anos invadiu uma creche privada na cidade de Blumenau, em Santa Catarina (05/04). Armado com uma machadinha, ele matou quatro crianças e feriu outras cinco antes de fugir do local. Mais tarde, ele se entregou à polícia. O homem não tinha ligação com a creche e aparentemente cometeu o ataque durante um surto psicótico.
Dificuldades para lidar com o problema
Segundo a mesma pesquisa realizada pelo Datafolha, os principais entraves para lidar com os problemas apontados por estudantes e seus familiares são:
- 62% apontam a falta de profissionais em número suficiente
- 11% apontam a inexperiência de professores para ensinar a lidar com as emoções.
Para mais informações sobre a pesquisa, acesse reportagem no jornal Folha de S. Paulo.
Educação Socioemocional
Os especialistas das instituições que encomendaram a pesquisa apontaram na reportagem a necessidade de formulação de políticas públicas que integrem psicólogos e assistentes sociais às redes de ensino.
Eles ressaltaram, ainda, que professores formados para mediação e resolução de conflitos também teriam um papel importante no enfrentamento do problema apontado pela pesquisa.
É exatamente aí que entra o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Educação Socioemocional
Se observarmos com cuidado o gráfico dos problemas listados acima, apenas dois deles não poderiam ser solucionados puramente com a aplicação de um programa estruturado de educação socioemocional com resultados efetivos: a necessidade de acompanhamento psicológico e a ocorrência de pensamentos negativos.
Embora pudessem ser atenuados por um trabalho de Educação Socioemocional, essas duas necessidades requerem a atuação de profissionais da área de saúde em conjunto com um programa estruturado de desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Para todos os demais, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais traria um alívio bastante relevante, quando não a solução completa. Confira:
- Dificuldade para controlar emoções – Uma das principais habilidades desenvolvidas pela educação socioemocional é a capacidade de reconhecer, nomear e lidar com emoções e sentimentos. No Programa MenteInovadora, desenvolvido pela Mind Lab, a aplicação de jogos de raciocínio aliada ao uso de métodos metacognitivos permite que os alunos aprendam a lidar com a raiva e a frustração, transformando essas emoções negativas em motivadores para superar os obstáculos que as desencadearam.
- Despreparo para atividades e sobrecarga – Esses dois fatores levantados pela pesquisa apontam para uma situação de baixa autoestima, em que os estudantes não se sentem preparados para enfrentar os desafios apresentados. Por meio de métodos metacognitivos como o do Espelho, o da Escada e o da Filmadora, os alunos do programa MenteInovadora desenvolvem o autoconhecimento, passam a ter uma visão mais realista sobre suas próprias limitações e aprendem a elencar os passos necessários para superá-las e atingir seus objetivos.
- Dificuldade para manter a rotina de estudos – A habilidade socioemocional para lidar com este problema levantado na pesquisa é a capacidade de planejamento. Métodos metacognitivos do Programa MenteInovadora como o do Alpinista e do Detetive, por exemplo, ensinam aos estudantes como escolher o melhor caminho para montar uma rotina de estudos que os ajude a alcançar os objetivos traçados, fazendo as perguntas certas para obter respostas e desenvolvendo a capacidade de reavaliar os caminhos tomados.
- Relacionamento com professores e com colegas – A habilidade de conviver em sociedade é um dos carros chefes da Educação Socioemocional. Nesse processo, os relacionamentos com pares e professores e professoras são trabalhados por meio do desenvolvimento da empatia e da capacidade de trabalhar em grupo. No Programa MenteInovadora, métodos metacognitivos como o do Equilibrista e o das Aves Migratórias focam nesses desenvolvimentos, entre outros.
Como você pode perceber, políticas públicas que integrem psicólogos e assistentes sociais ao ambiente das escolas públicas podem se tornar ainda mais efetivas se vierem acompanhadas por um programa estruturado de Educação Socioemocional.
O Programa MenteInovadora já está em funcionamento em várias redes municipais e estaduais de Ensino pelo Brasil. Clique para conhecer mais sobre o programa e para saber como levá-lo para a sua rede.