Como a educação ajuda a formar comunidades inclusivas
Como a educação ajuda a formar comunidades inclusivas.
Desde que a Organização das Nações Unidas (ONU) colocou na meta 11 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a necessidade de “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”, o termo comunidades inclusivas ganhou novas dimensões no debate social.
Há uma preocupação crescente, inclusive no mundo do trabalho, pela formação de comunidades inclusivas e um esforço para implementar novas ideias e dinâmicas que facilitem esse objetivo.
Por isso, a educação tem papel preponderante na construção das bases para esse esforço.
O que são comunidades inclusivas?
Um passo inicial na busca pela formação de comunidades inclusivas é entender o que esse conceito compreende.
Geralmente, comunidades inclusivas são aquelas que:
- Promovem respeito, oportunidades e tratamentos iguais a todos;
- Eliminam todas as formas de discriminação;
- Envolvem todos os seus integrantes na tomada de decisões;
- Valorizam a diversidade; e
- Reagem a incidentes de racismo e discriminação.
No mercado de trabalho, comunidades inclusivas são aquelas nas quais cada pessoa se sente confortável para ter e compartilhar a sua própria perspectiva.
Essas comunidades personificam a consciência de que cada pessoa lida de maneira diferente com o que pode afetar a forma de trabalhar e a disponibilidade de cada um para o trabalho.
Isso contempla abertura a diferentes estilos e necessidades de comunicação, além de confiança mútua, de modo a que todos possam ser sinceros sem temer julgamentos ou repercussões negativas derivadas de suas posições.
Em resumo, a diversidade e a inclusão no mercado de trabalho requerem de todos os envolvidos uma compreensão de que a equipe é de todos. A responsabilidade por mantê-la diversa e inclusiva é de todos e não apenas das minorias sub-representadas.
O papel da educação
O desenvolvimento de uma compreensão de mundo mais inclusiva e aberta à diversidade se inicia na escola.
Segundo a definição do Ministério da Educação (MEC), a “Escola inclusiva é aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades”.
Uma escola inclusiva, portanto, não só vai proporcionar as oportunidades de aprendizagem às crianças e jovens com necessidades especiais, como vai promover também, entre todos os alunos, o desenvolvimento desse olhar atento à necessidade do outro.
Afinal, todos se beneficiam da convivência entre os diferentes. Crianças e jovens desenvolvem a empatia ao ampliar seu olhar para o outro e se tornarão adultos e profissionais mais preocupados com a formação de comunidades inclusivas no mercado de trabalho.
Educar para a inclusão
Mas como deve ser uma comunidade inclusiva? E como nós, professores e professoras, podemos educar para a inclusão?
No artigo “Educando para uma sociedade inclusiva”, publicado no site Brasil Escola, Joelson Alves Onofre, professor de Filosofia, Especialista em Educação e Relações Étnico-Raciais e Membro do Núcleo de Informação, Estudo e Pesquisa Aprendendo Down, em Itabuna (BA), define: “A sociedade inclusiva que almejamos deve pautar-se na compreensão do significado do termo ‘inclusão’. Educar para a inclusão é afirmar que Todos têm o direito de estudar numa escola regular com outros educandos, construindo juntos o conhecimento.”
Isso pressupõe do professor uma forma de trabalhar que contemple o olhar para as particularidades de cada um de seus estudantes. Claro que o professor precisa de apoio nesse trabalho, especialmente com as crianças e jovens que precisam ter atendidas as suas necessidades especiais.
Esse apoio pode vir na forma de profissionais especializados, mas também de formação do professor para que desenvolva esse olhar inclusivo.
Segundo o professor Onofre, no mesmo artigo, esse é um dos grandes obstáculos para a educação inclusiva. “O medo do diferente e a incerteza quanto ao aprendizado de um aluno com necessidades especiais impossibilitam o avanço de práticas de aprendizagens relevantes.”
Socioemocional e inclusão
A educação socioemocional de todas as crianças e jovens é fundamental para facilitar a construção de comunidades inclusivas.
Ao desenvolver as habilidades de autoconhecimento, ela promove uma compreensão de emoções e sentimentos e a racionalização sobre as reações geradas que vai levar a uma maior facilidade por parte da criança ou jovem para lidar com situações desafiadoras.
O desenvolvimento das habilidades de trabalhar em equipe e solucionar conflitos desenvolve nas crianças e jovens o olhar para o outro com empatia. O que abre as portas da compreensão e aceitação da diversidade em toda a sua complexidade.
Para trabalhar o socioemocional de forma estruturada, é importante que professores e professoras contem com apoio especializado de um programa dedicado a esse desenvolvimento.
O Programa MenteInovadora foi desenvolvido há mais de 15 anos com esse propósito específico. Todos os professores que o aplicam passam por formação continuada para atuar de maneira assertiva na utilização dos recursos disponibilizados pelo MenteInovadora.
Conheça mais sobre o Programa MenteInovadora e descubra como a sua escola pode contribuir na construção de comunidades inclusivas por meio da educação socioemocional. Veja mais conteúdos como esse em nosso blog!